...O
Natal é um poema. Nele Deus se revela como criança. O Deus adulto é
terrível: grave, sério, não ri, não dorme, seus olhos estão
sempre abertos e nem mesmo têm pálpebras, jamais esquece, e
registra tudo nos seus livros de contabilidade que serão abertos no
Dia do Juízo para o acerto final de contas. O Deus adulto dá medo.
Nele não há amor. Isso nada tem a ver com uma criança: criança é
esquecimento, riso, brinquedo, um eterno começo… Não é por acaso
que o Menino Jesus tenha fugido do Deus adulto.
Prefiro
o Deus criança. No colo de um Deus criança eu posso dormir
tranquilo."
Rubem
Alves
saber-ver.blogspot.com
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